segunda-feira, 26 de abril de 2010

Louvor e Libertação

“E aconselhou-se com o povo, e ordenou cantores para o Senhor, que louvassem a Majestade santa, saindo diante dos armados, e dizendo: ‘Louvai ao Senhor porque a sua benignidade dura para sempre’.” (2Cr 20.21).

Em que consiste o louvor?
Louvar ao Senhor é estar diante dele (Sl 22.23), e apresentar-lhe a nossa gratidão (Sl 112.1) por seus feitos maravilhosos (Sl 105.1) e inquestionáveis para conosco (Sl 68.4), para com a igreja (1Cr 29.20; Sl 111.1), com os homens (1Cr 16.8; Sl 117.1-2) e com toda a sua criação. É trazer diante dele, com júbilo e sinceridade de coração (Jr 33.11), todos os nossos dons, dele recebidos, usando, para este louvor, todas as formas adequadas, por exemplo: a música, a dança, os gestos corporais de reverência (prostrar-se com o rosto no pó) e o ofertar dádivas.

As Escrituras nos convocam a louvar ao Senhor porque Ele é bom e a sua misericórdia dura para sempre e de geração em geração a sua fidelidade (Rm 15.11).

Sempre que louvamos ao Senhor realçamos algo que Ele fez (Jr 20.13), faz, ou que ainda fará. Por isso, dentro do louvor, está embutida a gratidão.

Veja estes textos maravilhosos, que nos convidam a louvar ao Senhor e medite: Sl 146.10; 147.1; 148.1, 7, 14; Sl 149; Sl 150.

Você tem louvado ao Senhor por seus maravilhosos feitos em sua vida a cada dia? Você tem levado uma vida de louvor ao Senhor? Quais as palavras que mais freqüentemente você fala no seu dia-a-dia?

Qual a diferença entre louvor e adoração?
No louvor ao Senhor, realçamos o que Ele faz (Sl 95.1-5); na adoração, proclamamos o que Ele é (1Cr 16.29; Sl 29.2; 96.9; 99.9).

O louvor expressa a nossa gratidão (Sl 103.1-3) e sempre traz um motivo para essa atitude de reconhecimento por sua bondade, sua fidelidade e da misericórdia do Senhor para conosco.

A adoração, entretanto, é a pura contemplação do próprio Deus, da perfeição de seu caráter (sua glória): é a exaltação de seu Nome e de seus atributos (Êx 33.18-19).

No tabernáculo, como podemos ver o cântico novo, o louvor e a adoração ao Senhor?
No tabernáculo temos: no “Átrio” o cântico novo; no “Lugar Santo” o louvor; e no “Santo dos Santos” a apresentação da verdadeira adoração ao Senhor.

O cântico novo é o que anuncia o nosso novo nascimento, motivo de alegria e testemunho às outras pessoas ao nosso redor. O cântico novo fala da nossa salvação em Cristo (Sl 96.1-2; Sl 40.2-3) e que deve ser proclamada com alegres cantos.

Dentro da figura do tabernáculo de Moisés, quando louvamos ao Senhor, estamos, espiritualmente, no “Lugar Santo”.

Neste lugar, se encontram os três utensílios representativos da Trindade: a Menorah, ou candelabro de sete braços (simbolizando o Espírito Santo), a Mesa com os Pães da Proposição (simbolizando Jesus, o Filho de Deus) e o Altar do Incenso (simbolizando a presença do Pai, que ouve as nossas orações e nos responde).

É no “lugar santo” que nos prostramos para louvar ao Senhor
Pela luz que Ele nos dá para compreender a sua vontade e poder discernir o seu agir na Terra (luz do candelabro). Louvamos a Deus pela operação do Espírito Santo em nós (em santificação e ensino acerca da vontade do Pai).

Pelo alimento diário, indispensável e novo a cada dia, que é o “Pão da Presença” (ou da Proposição), que simboliza Jesus Cristo. Louvamos ao Senhor pelo alimento (que Ele nos prepara) e pelo seu cuidado amoroso para conosco, sendo o nosso “Bom Pastor”. Louvamos ao Senhor por nos dar o seu Filho, Jesus, como provisão, perdão, salvação, vitória e sustento espiritual.

Por sua presença constante e fiel, representada no Altar do incenso. Sabemos que, por sua onipresença, Deus nos vê e responde às nossas orações. Louvamos ao Senhor pela certeza de que Ele ouve o nosso clamor e nos responde consoante a sua grande bondade.

Sendo assim, todo louvor se expressa em forma de oração (todas as vezes que cantamos falando com Deus, estamos no Lugar Santo em louvor ao Senhor).

Quando adoramos, entramos no “Santo dos Santos”, onde apenas olhamos para o Senhor. Apenas contemplamos sua Face resplandecente de glória (Sl 34.5) e, nessa contemplação, somos transformados de glória em glória na sua própria imagem, pela atuação do Espírito Santo (2Co 3.18).

Por meio da adoração ao Senhor, o homem pode atingir o lugar mais alto em sua existência. É o lugar da intimidade com Deus (Pv 3.32; Sl 40.16). Um lugar, onde, com o coração totalmente limpo (lavado no sangue do Cordeiro – perdoado), podemos ver a glória do Senhor e ser alimentado por sua presença (Mt 17.1-5). Um lugar (o “Santo dos Santos”) onde Deus se revela em toda a sua majestade e onde reconhecemos que somos apenas um “grãozinho de pó”, que se prostra para reconhecer a grandeza divina e o seu poder...

Por que o louvor traz libertação?
Porque por intermédio do louvor nós contemplamos Deus no seu lugar de “Senhor dos Exércitos”. Por meio do louvor, descansamos na vontade de Deus, que é boa, perfeita e agradável (Rm 12.1-2) e nada nos poderá fazer dano (Lc 10.19).

Há o exemplo lindo na Palavra, quando o rei Josafá (2Cr 20.1-29) teve de lutar contra inimigos mais numerosos e mais fortes do que Israel. Ao buscar a Face do Senhor, em contrita oração, Deus orientou ao rei que levasse os levitas à frente dos homens armados, em plena guerra, e que apenas louvassem ao Senhor. Eles assim o fizeram, e contemplaram a plena vitória de Israel.

A experiência foi fortíssima. Os inimigos se destruíram, e deixaram, após si, uma riqueza incalculável em despojos.

Eles levaram três dias para “colher os frutos da vitória” – os despojos eram riquíssimos e em grande quantidade. O lugar até mesmo mudou de nome, passou a chamar-se: o Vale de Baracha, ou “o Vale da Bênção”.

Experimente louvar ao Senhor nos momentos críticos e mais difíceis de sua vida. Você verá a vitória cabal do Senhor e experimentará o que significa o “vale da bênção”.

Desafios para a semana:
Comece a marcar (de amarelo), em sua Bíblia, os textos que nos convidam a louvar ao Senhor e faça isto o máximo que puder em cada dia.

::Por: Pra. Ãngela Valadão

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